Sunday, March 12, 2006

Saia... chata!

Quando estreou no GNT, o “Saia Justa” foi motivo de notas entusiasmadas, elogios e repercussão. Como dizia um comercial do programa, não adianta apenas colocar quatro mulheres quaisquer juntas para que o debate seja interessante.
Apesar de não ter acompanhado o programa em sua primeira versão, pude constatar que se tratava de uma atração singular. A jornalista Mônica Waldvogel foi a grande revelação, mostrando uma personalidade forte e inteligente que os telejornais globais e mesmo o talk show “Dois a Um” escondiam. A atriz Marisa Orth, a cantora Rita Lee (que mais tarde viria a deixar a atração para ter seu próprio programa e fiou substituída por Marina Lima) e a escritora Fernanda Young ajudavam a compor o quarteto e dispensam apresentação.
Na mudança de temporada, a direção achou que estava na hora de mudanças bruscas para não perder o fôlego. Foi aí que a atriz Betty Lago e a filósofa Márcia Tiburi foram chamadas. E Luana Piovani, que procurava um emprego depois de deixar a Globo e fracassar na MTV, foi bater à porta do canal e acabou caindo de pára-quedas no sofá que as apresentadoras dividem.
O que se vê agora é um programa tão linear que cansa. Os temas são interessantes, a direção não erra na mão e o formato continua atual. O problema é que debates só tornam-se bons para quem está fora dele se os debatedores fizerem por onde. E aí está o problema da temporada 2005.
Mesmo depois de um ano, Márcia, Luana e Betty não conseguem criar uma química que justifique a escolha do telespectador. Elas são sempre iguais, com os mesmos clichês que o programa deveria combater. Betty ainda garante bons momentos e vez ou outra se mostra espontânea. Márcia é chata, sem nada a acrescentar, apenas a contestar com uma apatia impressionante. Luana não sabe de nada, não assiste nada, não conhece nada e tudo o que faz é contar causos de amigos playboys, amigas fúteis e divulgar sua peça, seu corte de cabelo, seus conhecidos...
Mônica Waldvogel acaba brilhando mais do que todas, parecendo ser uma entidade superior àquelas que a cercam. Ela está sempre afiada, com conhecimento amplo do que fala e não titubeia diante de nenhum assunto. Conduz tudo muito bem e segura a onda pelas quatro. Mônica ainda faz valer a pena assistir, mas é crescente o interesse pelo próximo absurdo de Luana ou a próxima reclamação de Márcia.
A edição especial do Dia Internacional da Mulher, ao vivo e com platéia, não mudou muito do habitual e a agilidade não foi recuperada. É preciso selecionar pelo menos duas novas companheiras que consigam dividir o brilhantismo de Mônica.

Desejo atendido?

Em recente entrevista, a jornalista Mônica Waldvogel contou que o contrato com o canal foi renovado. Mesmo apresentando o "Jornal das Dez" na Globo News, Mônica continuará à frente do "Saia Justa", mas disse que não sabe se as companheiras continuarão em Abril.
Fontes ligadas ao GNT garantem que é unanimidade no canal que Luana Piovani não se encaixa e que ela está fora da nova programação. Coincidência ou não, a atriz já apresentou um projeto de programa para a Rede Globo.

Convite

Convido os leitores do blog a opinar sobre mulheres que poderiam dividir o sofá. Eu convidaria a apresentadora Tatiana Mancini, ex-MTV, a atriz Patrycia Travassos e a autora e atriz Maitê Proença.
Façam suas apostas e dêem suas sugestões!

3 comments:

Anonymous said...

É bem essa a impressão que tenho do programa. Falou tudo! A Márcia conseguia dar uns acertos quando entrou, mas hoje deixa a desejar. A Waldvogel fico mais fã cada vez que a vejo. Mas acho que pela já escassa inteligência que há na televisão, deve-se abolir Luana Piovani, a anta-mor. Sugiro Glória Kalil (eu sei, ela às vezes é meio chatinha, mas é inteligente e elegante) e uma mulher mais nova, mas menos burra que a Piovani.

Anonymous said...

Ah, outra sugestão: Soninha, vereadora de São Paulo e ex-MTV. Inteligente, articulada e cabeça aberta. Só não sei se ela vai aguentar alguém como a Luana Piovani. Porque é aquela velha história: paciência tem limite. Tira a Piovani. Ah: belo trocadilho esse título, hein...hehehe

Anonymous said...

piovani é bom de boca fechada, logicamente.