Thursday, February 21, 2008

OSCAR 2008






Segue a minha lista pessoal de preferências e palpites para o Oscar desse ano:

Melhor Filme:

DESEJO E REPARAÇÃO

Gosto de filmes que me fazem sentir alguma coisa e sem dúvida nenhuma, dos cinco indicados, o que mais me provocou sensações foi esse. Na segunda opção, ficaria “Sangue Negro”. Mas minha aposta vai para “Onde os Fracos Não Têm Vez”.

Melhor Ator:

DANIEL DAY-LEWIS, por SANGUE NEGRO

Não só é a melhor performance, como aposto nele para receber a estatueta. Difícil pensar em alguém que supere Day-Lewis.

Melhor Atriz:

Das indicadas, assisti apenas Ellen Page, em “Juno”, mas estou ansioso para conferir Cate Blanchett, uma das melhores atrizes dessa geração, em “Elizabeth”. De qualquer forma, dizem que a maior injustiça do mundo será Marion Cotillard não vencer por "Piaf" (que quero muito assistir também). E não devem, pois dizem que a favorita é Julie Christie, por “Longe Dela”.

Melhor Ator Coadjuvante:

JAVIER BARDEM, por ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ

Apesar de eu não ter assistido a todos – como, aliás, muitos votantes da Academia – eu acho uma performance estarrecedora e tão fria a ponto de ter feito mal para o ator, como ele admitiu em algumas entrevistas. Acho que leva, até para que a Academia legitime Bardem como um dos grandes atores dessa geração.

Melhor Atriz Coadjuvante:

SAOIRSE RONAN, por DESEJO E REPARAÇÃO

Não assisti a todos, mas eu adoraria ver uma criança ganhar. E a interpretação da pequena Saoirse é realmente uma das melhores coisas do filme. Mas aposto em Cate Blanchett, que além de muito elogiada por ter feito Bob Dylan em “Não Estou Lá”, está indicada também a Melhor Atriz e não deve sair de mãos vazias.

Melhor Diretor:

PAUL THOMAS ANDERSON, por SANGUE NEGRO

Apesar de eu preferir “Desejo e Reparação” e achar que os irmãos Cohen ganham o Melhor Filme, é inegável que a direção de Anderson, que também escreveu o roteiro, merece um Oscar. Foram cenas difíceis de executar e a Academia já não tem mais repetido a dobradinha de prêmios que ia para Filme e Diretor.

Melhor Roteiro Original:

RATATOUILLE, por BRAD BIRD, JAN PINKAVA e JIM CAPOBIANCO

Confesso: eu adoraria ver uma ex-stripper subir ao palco para receber o Oscar, no caso de Diablo Cody, por "Juno". Mas o roteiro é simples demais, apesar de criativo. Já Ratatouille é extremamente criativo e mereceria. Mas acho que “Conduta de Risco” tem mais chances.

Melhor Roteiro Adaptado:

DESEJO E REPARAÇÃO, por CHRISTOPHER HAMPTON

Adaptar é uma tarefa difícil e Christophen Hampton conseguiu fazer com que os fãs do livro “Reparação” se curvassem também ao filme. A atmosfera literária mostra a eficiência da adaptação. Paul Thomas Anderson também não fica muito atrás, seria a segunda opção. Mas novamente, acho que os irmãos Cohen levam por “Onde os Fracos Não Têm Vez”.

Melhor Fotografia:

SANGUE NEGRO

A fotografia contrastante e com muitas sombras foi um trabalho perfeito e merece um prêmio. Deve levar.

Melhor Montagem:

O ULTIMATO BOURNE

Muito bem editado, é um dos melhores filmes de ação já feitos, por ter conteúdo e não só porradas e tiros. A montagem é inteligente e excitante, mesclando cenas agitadas com diálogos bem construídos. Não consigo arriscar um palpite, mas não deve ser para Bourne.

Melhor Direção de Arte:

SWEENEY TODD: O BARBEIRO DEMONÍACO DA RUA FLEET

Tim Burton é Tim Burton e isso significa dizer que o filme tem uma direção de arte impecável. Com certeza eu daria o prêmio e acho que a Academia também.

Melhor Longa de Animação:

RATATOUILLE

Indicado até a Melhor Roteiro, a animação da Disney é realmente incrível. E deve levar o Oscar.

* Sobre os outros prêmios, acho melhor não opinar porque não vi a maioria dos concorrentes ou não tenho especialização para escolher.

Sangue Negro


A seqüência inicial arrebatadora, onde impera o silêncio e uma fotografia contrastada e repleta de sombras negras que escondem as facetas de um homem dentro de um poço, conseguem a façanha de deixar o cinema em puro silêncio, onde os espectadores não desviam o olhar e se concentram em uma cena angustiante, cuja mudez é quebrada por barulhos propositais e por um som assustador muito bem produzido para a trilha sonora.


Com um começo pouco usual e assustador, "Sangue Negro" vai mostrando-se aos poucos, no decorrer dos acontecimentos imprevisíveis a que submete Daniel Plainview, o protagonista e senhor absoluto do filme. Após achar uma pedra preciosa e se ver obrigado a cuidar do bebê do amigo minerador que morre no poço, Daniel passa a procurar petróleo, em busca de crescimento financeiro. As puladas no tempo vão nos mostrando os pontos-chave da trajetória de um homem rude e misterioso.

Ao lado do filho adotivo, ainda pequeno, Daniel vai enriquecendo e tornando-se poderoso com sua exploração independente. E o filme vai ganhando poder junto com ele, ao intercalar o sofrimento e angústia contidos no personagem com sua ambição e leve tendência a atos insanos. A competência e o amor que adquire pelo filho contrastam com a dureza com que ele vive seus dias, voltado exclusivamente para seu trabalho e objetivo de ter dinheiro para viver bem. E é nesse caminho tortuoso que Daniel encontra o jovem pastor Eli, seu antagonista que rende alguns dos melhores momentos do filme, capaz de quebrar o silêncio da platéia em risos, uivos e comentários.
A atmosfera torna-se permanente no filme, onde tudo é obscuro. É praticamente impossível penetrar nos sentimentos dos personagens, que confundem o espectador a todo momento e não se deixam mostrar. Tanta ambigüidade aumenta o desconforto e o fascínio que o enredo provoca, que deixa visível a divisão por capítulos do livro, mas que torna excitante esperar pelo o que virá.

A trilha sonora compõe o terror que se impõe sobre o espectador e dá corda para Daniel Day-Lewis usar e abusar de sua excelência como ator, dando um show em cena e fazendo com que seja impossível imaginar o filme com outra pessoa. O resto do elenco o acompanha, como que tendo o cuidado de nunca tentar sobrepôr pessoas tão fortes como Daniel ator e Daniel personagem. O filme é dele e acerta ao se concentrar nele. Exibe o perfil de um homem atormentado sem que essa tormenta fique exposta. Internaliza os fantasmas e assim o faz com a platéia, que parece prender a respiração até o último segundo dessa trama magistral de Paul Thomas Anderson.

Wednesday, February 20, 2008

Juno


Em uma entrevista que diz há um ano atrás, a jornalista e cineasta Ana Maria Bahiana me falou sobre a diferença entre um “bom filme” e um “grande filme”, já citado aqui na análise sobre “Conduta de Risco”. Na ocasião, ela falava de “Pequena Miss Sunshine”.

Alardeado pela crítica como uma espécie de sucessor de “Miss Sunshine” por ser um filme independente que conquistou o público e a academia, sendo indicado ao prêmio máximo do Oscar, o de Melhor Filme, “Juno” traz bons momentos e um roteiro bem amarrado e criativo, mas sem o brilho da saga da menina que percorre os Estados Unidos de van para vencer um concurso de beleza.

Neste, Juno é uma típica adolescente de 16 anos que descobre estar grávida e decide entregar o filho para adoção assim que ele nascer. Sem fazer grandes dramas ou trazer grandes sofrimentos, o filme aposta na leveza e vai mostrando o passar da gravidez e os conflitos de uma adolescente nesse período através da passagem das estações do ano.

Com um começo que soa um pouco forçado, o filme vai conquistando o espectador aos poucos, quando vai conseguindo que a história fique mais envolvente e emocionante, sem cair na pieguice ou no clichê. As interpretações são todas no tom certo e dão graça ao filme, com um roteiro criativo que entretém na medida certa.

O melhor de Juno é, porém, a forma como o filme não julga atitudes ou valores e mostra como acontecimentos não precisam virar grandes dramas ou tragédias. Gostoso de assistir, o filme definitivamente não é o melhor do ano e não chega a ser um grande filme, mas o bom dele é exatamente essa despretensão em não ser o que é: bom, simplesmente.

Thursday, February 07, 2008

Conduta de Risco


Normalmente, bons profissionais costumam imprimir suas marcas nos filmes que fazem. Essa é a principal diferença entre “um filme de” e “um filme dirigido por”. E não é só na questão da direção, mas em outros aspectos técnicos que as marcas também fazem a diferença. Em “Conduta de Risco”, temos uma história aparentemente banal para um filme policial. O enredo envolve corrupção corporativa, ética profissional e dramas pessoais de um advogado brilhante que se vê desprestigiado após ficar viciado em jogos de azar. Quase uma mistura de “Erin Brockovich” com “Obrigado Por Fumar”.

O diferencial, porém, está no conteúdo desse roteiro, que traz um conteúdo mais profundo e elaborado, incomum para o gênero. Remete, assim, à Trilogia Bourne, série de filmes de ação estrelados por Matt Damon que mistura explosões com uma história coerente e interessante. A comparação tem sua razão de ser: o roteirista, Tony Gilroy, é o mesmo, e faz aqui sua estréia na direção, muito bem realizada, com tomadas criativas e um clima bem escolhido. A trilha sonora ajuda a compor a atmosfera do filme e lembra “Colateral”, do diretor Michael Mann. Novamente, com uma razão de ser: quem assina a trilha é o mesmo James Newton Howard.

E é dentro do caótico cenário escolhido que quase todos os personagens parecem sofrer crises de identidade, contaminados pelo vírus da sociedade moderna, consumidos pela ganância ou simplesmente pela necessidade de pagar as próprias contas. De George Clooney, o protagonista Michael Clayton, a Tilda Swinton, em uma brilhante interpretação da gélida Karen Crowder, o elenco está impecável e pode ser considerado o melhor do filme.

É interessante observar que “Conduta de Risco” faz parte da leva de filmes onde os tradicionais heróis nada têm de heróicos. São pessoas comuns, com tantos defeitos e problemas como qualquer ser humano, ou até mais do que a média, daí terem suas histórias interessantes contadas em uma tela de cinema. Os sentimentos melancólicos são tão sutis no protagonista como são extravasados pelo advogado interpretado por Tom Wilkinson, que garante algumas das melhores cenas do filme.

Seguindo a tendência de confundir para depois explicar aos poucos, presente no já citado Bourne, Gilroy é competente em sua intenção e ligeiramente pretensioso em fugir a alguns estereótipos e deixar espaço para a reflexão, cuja fama foi puxada pelo talento, inclusive como produtor, de Clooney, atual queridinho de Hollywood. No final, nos faz lembrar a diferença entre um bom filme e um grande filme. Esse, sem dúvida, é bom.

Sunday, February 03, 2008

Onde Os Fracos Não Têm Vez

A impressão que fica após assistir "Onde Os Fracos Não Têm Vez" é a de um episódio. Um episódio de uma história de um país, ou mehor, de uma região de um país, onde cidadãos caipiras brincam de mocinho e bandido enquanto vivem suas vidas. Nesse caso, mostra um pouco do começo da história de um país, um fragmento do começo de uma época revolucionária para os costumes da sociedade.


O título original, que diz que não há país para homens velhos, joga o foco sobre o real protagonista da trama, o xerife Ed Tom Bell, que está prestes a se aposentar. Cansado de tudo, ele se vê às voltas com um último caso a resolver, o de uma chacina provocada por um misterioso mas conhecido bandido. Trata-se de um fragmento na vida do personagem e assim ele é apresentado ao espectador: como um fragmento, sem começo e sem fim. Apenas a última "missão" de um policial que não se importa o suficiente com ela, indo na contramão de todos os heróis americanos do velho oeste, inúmeras vezes retratados no cinema.


A opção dos irmãos Ethan & Joel Coen em ir na contramão do herói intocável de faroeste não poderia vir em melhor hora, no momento em que o país retratado prepara-se para se despedir daquele que pensa (ou tenta) ser a personificação maior do herói de bang-bang, o presidente texano George W. Bush. É importante e fundamental que um filme que expõe toda a fragilidade do sonho caipira texano em ver figuras heróicas e perfeitas idealizadas nas telas de cinema, por tanto tempo, vá por água abaixo em um retrato mais fiel e cru da realidade.


Ao abolir a trilha sonora e qualquer traço de suavidade cinemategráfica, os diretores expõe uma fábula extremamente violenta, sem que para isso precise apelar para o sangue e cenas explícitas. A violência incomoda da mesma maneira quando o filme opta pelo o que deve ou não ser mostrado, quando a cena fica discreta e implícita.


O elenco afiadíssimo completa as qualidades do filme. Mas nem as ótimas interpretações do veterano Tommy Lee Jones e do pouco conhecido Josh Brolin conseguem tirar o brilho de Javier Barden. Ele rouba o filme e faz o cinema gelar cada vez que o maníaco Anton entra em cena. Os espectadores ficam absolutamente hiponitizados por sua presença marcante e débil. Se depender do ator de 38 anos, que estourou nos cinemas há pouco tempo e que sem dúvida ainda tem muito caminho pela frente, e dos diretores, os dois com mais de 50 anos, há lugar, sim para os mais velhos.



Saturday, February 02, 2008

Desejo e Reparação


Se um livro comum já é difícil de ser transposto para o cinema, um livro metalingüístico é ainda mais difícil. Ou altera-se o DNA original da história, trocando as auto-referência literárias por auto-referência cinematográficas (transformando um escritor em cineasta, por exemplo), o que pode arruinar o roteiro, ou faz-se como em "Desejo e Reparação".

O filme que conta a história de uma inventiva e promissora menina, que desde pequena já demosntra um incrível talento para escritora e por causa de uma paixão infantil arruina a vida e o relacionamento amoroso de sua irmã, faz referências literárias a todo momento e provoca uma sede por leitura, em especial do romance "Reparação", de Ian McEwan.


Cada cena contem o vigor de uma página literária e a narrativa nos conduz delicadamente a cada novo acontecimento e descoberta, propiciando surpresas dignas de um bom livro. A fragmentação do tempo, usada pelo diretor Joe Wright, nos conduz ainda aos diferentes pontos de vista, de acordo com cada personagem. Parece existir um narrado oculto que falha, erra, se arrepende e volta atrás. Nem tudo é real, nem tudo é o que parece, e isso o filme vai mostrando até a última cena.


Outra característica forte da presença literária é o envolvimento com os personagens. Embora o casal de protagonistas não nos permita um envolvimento maior, o sofrimento de ambos é transmitido para o espectador. E sem dúvida, a maliciosa Lola provoca raiva e a malvadinha Briony provoca raiva, desconfiança e até um pouco de pena.


Grande parte do mérito do filme e desse clima vem da trilha sonora. A forma como a trilha diegética (que faz parte da cena) torna-se incidental (que os personagens não ouvem na cena) e vice-versa, em especial com os sons de máquina de escrever, ajudam a nos transportar para as páginas de um romance filmado.



É perceptível, porém, que perde-se, na versão cinematográfica, a sutileza com que o tempo e os acontecimentos passam no livro. Coisas de adaptação. Mas nada que tire a beleza literária de uma obra cinematográfica que homenageia seu original ao invés de deturpá-lo.

Wednesday, January 02, 2008

Melhores e Piores de 2007


Início e final de ano são as épocas ideais para esse tipo de lista. Segue então os filmes que eu mais gostei e os que nunca entrariam na lista dos meus melhores:

OS 10 PREFERIDOS

Babel, de Alejandro Gonzalez Iñáritu
Jogo de Cena, de Eduardo Coutinho
Notas Sobre Um Escândalo, de Richard Eyre
Bubble, de Eytan Fox
Stardust: O Mistério da Estrela, de Matthew Vaughn
Paris, Te Amo, de vários diretores
Hairspray: Em Busca da Fama, de Adam Shankman
A Rainha, de Stephen Frears
Ventos da Liberdade, de Ken Loach
10º Alpha Dog, de Nick Cassavetes

Menções Honrosas

Os filmes Pro Dia Nascer Feliz (João Jardim), Person (Marina Person), O Ultimato Borne (Paul Greengrass), Across the Universe (Julie Taymor) e A Culpa É do Fidel (Julie Gavras) ficaram de fora, mas valem ser mencionados.

OS 5 PIORES

Número 23, de Joel Schumacher
A Estranha Perfeita, de James Foley
Instinto Secreto, de Bruce A. Evans
Letra e Música, de Marc Lawrence
Hollywoodland: Bastidores da Fama, de Allen Coulter

Menções Honrosas

Os piores também têm as menções dos que ficaram de fora. A Volta do Todo-Poderoso (Tom Shadyac) não faz jus ao primeiro filme, Medos Privados em Lugares Públicos (Alain Resnais) não é um péssimo filme, mas me causou estranheza, e é claro, O Amor nos Tempos do Cólera (Mike Newell) foi a grande decepção do ano.

Saturday, July 14, 2007

Filmes do semestre

O site "Liga dos Blogues Cinematográficos" realiza eleições dos filmes do semestre. Os participantes elegem os 10 melhores e os 5 piores que viram dos filmes lançados nos últimos seis meses. Apesar de eu não fazer parte do site, achei divertido fazer. Aqui vai minha lista:

Os 10 melhores:


Babel, de Alejandro González Iñárritu
Alpha Dog, de Nick Cassavetes
Proibido Proibir, de Jorge Durán
A rainha, de Stephen Frears
Ventos da Liberdade, de Ken Loach
Notas Sobre um Escândalo, de Richard Eyre
Pro dia nascer feliz, de João Jardim
Zodíaco, de David Fincher
Diamante de Sangue, de Edward Zwick
10º Borat, de Larry Charles


Os 5 piores:

Número 23, de Joel Schumacher
Hollywoodland: Bastidores da Fama, de Allen Coulter
A Estranha Perfeita, de James Foley
Letra e Música, de Marc Lawrence
Cão Sem Dono, de Beto Brant e Renato Ciasca


Os outros filmes lançados que eu assiti (na ordem de preferência):

Maria Antonieta, de Sofia Coppola
Pecados íntimos, de Todd Field
O Hospedeiro, de Bong Joon-ho
Sunshine – Alerta Solar, de Danny Boyle
Scoop ­ O Grande Furo, de Woody Allen
Homem-Aranha 3, de Sam Raimi
Mais Estranho que a Ficção, de Marc Forster
Lady Vingança, de Chanwook Park
O Cheiro do Ralo, de Heitor Dhalia
O Passageiro – Segredos de Adulto, de Flávio R. Tambellini
A Família do Futuro, de Stephen Anderson

Caixa Dois, de Bruno Barreto